Afinal, o que é o glúten?
Como é um tema cada vez mais falado, achei interessante partilhar com vocês algumas informações sobre o glúten: o que é, o que é que permite e não permite comer e afinal de contas em que é que consiste uma alergia ou intolerância a esta proteína presente nos cereais e na maioria dos produtos processados. Então, primeiro de tudo, a doença celíaca é diferente da intolerância ao glúten! Completamente diferente!
A doença celíaca afeta entre 0,5%-1% da população mundial enquanto que a intolerância ao glúten afeta entre 0%-5% da população mundial. E agora vocês perguntam: Qual é a diferença? A maior diferença é que neste último grupo as reações não são tão graves como as questões alérgicas mas incluem sintomas como dores de cabeça, depressão, dores abdominais, diarreias, obstipação ou cansaço extremo. Mas, afinal de contas, o que é o glúten?
O glúten é uma proteína presente em alguns cereais como o trigo, o centeio e a cevada que confere consistência aos alimentos (pão, bolos, bolachas, pizzas…) e que lhes permite ficar “fofinhos”. O glúten é a principal causa da permeabilidade intestinal porque funciona como “cola” prendendo-se às paredes do intestino e prejudicando o funcionamento do mesmo. Para os que querem saber um bocadinho mais:
A doença celíaca é uma doença autoimune do intestino, causada por uma sensibilidade permanente ao glúten em indivíduos geneticamente suscetíveis. O glúten diz respeito a um conjunto de proteínas vegetais que conferem capacidade de absorção de água, viscosidade e elasticidade às farinhas que as contêm. As proteínas do glúten são ricas em prolinas e glutaminas, as quais são deficientemente digeridas ao nível do trato gastrointestinal, sendo a gliadina a principal componente tóxica para indivíduos suscetíveis. A dieta sem glúten é a única forma de assegurar o desenvolvimento e crescimento adequado da criança e adolescente e a única forma de os proteger das complicações da doença celíaca na idade adulta.” Fonte: Cuf
No caso de intolerância ou sensibilidade ao glúten, a doença celíaca não está presente. O que acontece é que os pacientes apresentam mal-estar ao consumir alimentos com glúten mas não têm a doença (verificada por exame de sangue). Agora perguntam-se: será que devo eliminar o glúten da minha dieta? se não são doentes celíacos acho que não faz sentido, de qualquer forma consultem o vosso médico. Retirar o glúten só é indicado no caso de doença celíaca.
Mas retirar o glúten emagrece? Sim! Mas não por conter glúten – emagrece porque a maior parte dos hidratos de carbono processados como bolos, bolachas e doces contêm glúten e ao cortarem no glúten acabas por cortar nessas alimentos, logo cortas as principais fontes de açúcares e gorduras. Uma alimentação baseada alimentos reais não contém glúten – peixe, carne, frutas, arroz, legumes, leguminosas, gorduras saudáveis… nota: A aveia não tem glúten na sua composição. O que acontece é que a aveia é cultivada no mesmo terreno dos cereais com glúten acabando por sofrer contaminação cruzada.
Outra informação que é importante mencionar é que não pensem que todos os alimentos #glutenfree são saudáveis, porque não são! Muitos destes alimentos acabam por conter mais açúcares e gorduras muito pouco saudáveis portanto o melhor mesmo é conferir sempre a lista de alimentos antes de comprar. Caso optem por eliminar o glúten das vossas dietas, não o substituam por um produto sem glúten apenas. Experimentem substituir um produto com glúten pelas diversas opções sem glúten – alimentos reais!