Achei que este post merecia o título super sugestivo e dramático porque a verdade é essa: eu corri 21.1km em menos de 2h 🙏🏽🙏🏽🙏🏽 Quem diria que depois da Meia Maratona de 15 de Outubro iria conseguir correr e ainda baixar 19min da última prova mesmo com a pior condição climatérica dos últimos anos.

A minha primeira meia maratona em 2017 foi feita em 02horas e 18minutos isto são 6:31min/km. A minha ultima meia maratona em 2020 foi feita em 01:48 isto são 05:09min/km.

As coisas boas levam tempo mas não desistam.

Em Março de 2018 corri a minha 2ª meia maratona sob condições agressivas de mau tempo. Tão mau tempo que na véspera alteraram o local de início da prova, que em vez da famosa Ponte 25 de Abril, passaria a ser a meio do Eixo Norte-Sul. Mesmo assim foi uma experiência inesquecível porque, apesar da chuvada de granizo, consegui correr o tempo todo e ainda baixei 19minutos em relação À prova anterior.

O início

O dia amanheceu solarengo como eu não esperava depois de uma semana da tempestade Félix. Depois de duas semanas de chuvas intensas, o dia da prova tinha chegado. Levantei-me as 08:00, tomei um duche, pus um creme de antifricção nas zonas especiais (junto ao top, nas costuras dos calções e na zona das meias ao pé dos calcanhares), um creme de aquecimento nas pernas  e comecei a preparar comecei a preparar o pequeno-almoço: umas grandes papas de aveia com cacau, banana e morangos.

Sai de casa em direção ao encontro da prova, a música já se ouvia e a quantidade de pessoas não escondia os ânimos que se faziam sentir. A energia antes de uma prova destas é incrível. As pessoas estão felizes, bem-dispostas, e até o sol até apareceu para nos desejar boa sorte.

A prova

Às 10:30 soa o alarme e a prova começa. Ainda no eixo norte-sul, cai a primeira chuvada, uma bem de leve mas suficiente para arrefecer o corpo ainda fresco do início da prova. Já tinha tirado a minha long sleeve  que é quentíssima e já estava pronta para arrasar!!! E assim foi, durante o 2,3,4,5…. lembro me de estar a passar Alcântara e ver a divisão das pessoas que iam na mini maratona a virar para a direita no sentido Belém e os corredores da meia maratona a ter de virar para a esquerda em direção ao cais Sodré. Aqui, feliz da vida, pensei logo:” bolasssss, porque é que me aventuro nestas coisas…” e deus castigou-me obviamente, e com razão. Quem é que me mandou questionar seja o que for…

Estávamos a passar Belém e eu a pensar que podia já estar sentada na relva como muitas pessoas mas não, estava ali a cumprir pela segunda vez um grande desafio que me tinha proposto, até que começou a chover. Mas a chover a sério. Não foram mais de 2minutos mas daqueles bem intensos que foram suficientes para deixar toda a gente encharcada. Foi mau porque fiquei logo com os pés molhados (que odeio – imaginem correr molhada, e ainda com água nos pés…) mas foi bom porque deu um up, uma energia extra, que talvez até estivesse a precisar.

Confesso que esteve algum calor sempre que abria o sol, ao longo da prova, por isso aquela chuvinha até foi boa para refrescar. O pior mesmo era o vento… Foram quase 10km contra um vento brutal. Aliás quando chegámos a Cruz Quebrada e voltamos para trás em direção à meta, toda a gente ia mais rápido, um vento sem igual que nos quilómetros finais foram bastante úteis para dar um empurrão.

Escusado será dizer que ainda levamos uma molha final no km 18 só para lembrar que a força da natureza nunca nos deixa nos momentos difíceis.

Cruzei a meta com 01:59’ de tempo e uma mistura de sorriso e lágrimas no rosto. Aquela sensação de dever cumprido mas cansaço… Uma pessoa nunca sabe bem o que sente nestes momentos mas o agradecimento esse é garantido. O que eu penso nestes finais é a sorte que tenho em ter um corpo que me permite fazer uma prova destas com saúde, sem dificuldades (para além das óbvias). O corpo é realmente uma máquina incrível capaz de tudo se o tratarmos e prepararmos bem.

O pós-prova

Escusado será dizer que se seguiu uma grande almocarada com tudo a que tenho direito (sopa, arroz de pato e mil e uma sobremesas: crumble de maçã, mousse de chocolate e muitos mais…) e uma semana que terminou hoje apenas com dois treinos de musculação, muitas horas de sono (sim, o descanso é fundamental… eu sei que passo a vida a dizer isto mas as minhas 8/9h noite são um dos segredos para a minha energia diária) e uma vontade de começar a próxima semana com uma energia renovada.

Queria apenas deixar um agradecimento especial a Adidas pelos #ultraboost que tiveram uma performance incrível nesta prova e toda a roupa adequada que permitiram que me preparasse como uma verdadeira atleta.

A Akileine pelos cremes incríveis de início (START) e fim de treino (RELAX).