São Silvestre de lisboa – a última prova do ano!
Antes de mais deixem-me que vos diga – que vibe!!!!! Não sou fã de correr à noite ou quando escurece mas depois do ano passado fiquei com vontade de repetir a experiência – enfeites natalícios, luzes vibrantes por toda a cidade e um público que apoia e anima. Vamos lá repetir a dose.
PRÉ PROVA
Acordei a sentir-me doente – coisa rara na minha vida – tomei a minha curcumina que tinha parado no final do mês de novembro, fiz um shot de limão e gengibre e quando almocei ainda juntei curcuma aos bifinhos de frango. Tudo para me sentir melhor: fiquei em repouso até a hora da prova. As 17:00 saio de casa totalmente equipada e encasacada – tinha esperança que o suor da corrida me fizesse melhorar – e assim foi.
Decidi estrear os Adizero 4 – uns ténis adidas com um drop bem baixinho e super leves – ideais para curtas distâncias e pessoas leves. Sabem que sou fã dos ultraboost mas tinha de experimentar estes que utilizam os atletas de elite. Fui de calças – também rarissimo – corro o ano inteiro de calções mas não podia arriscar apanhar o mínimo de frio – top, cava e a longsleeve da prova. Bem gira por sinal – verde água. Dorsal ao peito e lá vamos nós. Hoje sem pensar em tempos – depois do record do Grande Prémio de Natal – nem relógio levei, fui só mesmo para a diversão e quem sabe curar esta tentativa de início de doença.
Saí a correr de casa e encontrei me com o resto da malta no Hard Rock Café – o Ricardo e a Rebeca já me esperavam. Íamos para a zona de partida. Estávamos no sub45 mas a Rebeca tinha sub60 então acabamos por ir com ela o que foi super animado mas também super difícil de começar a correr 😂😂
O INÍCIO DE PROVA
Eram 12.000 inscrições em que mais de metade saia do bloco sub60 e mais 60 portanto imaginem!! 😅 Bebemos um cafezinho super rápido no quiosque ao lado e passamos as grades. Cerca de 10min depois do toque de partida, sai o nosso bloco. O primeiro km foi um para arranca até ao terreiro do paço. Imeeeensa gente a correr, a andar, com carrinhos, cães… e muitas pessoas a passear na zona da baixa pelo que nem mesmo indo pelo passeio conseguia ultrapassar em condições. 5min depois já não via os meus companheiros, ficaram para trás. Ainda tive o percalço de ter de atar os ténis a chegada ao terreiro do paço mas acredito que não perdi nem 1 min com o medo que tinha de ser engolida pela multidão…
A minha playlist dos 10km ia a tocar e eu ia a usufruir sorridente. Parecendo que não o que não faltavam era desafios: Entre ultrapassar pessoas, tentar não cair na calçada portuguesa e não ser atropelada pelos colegas que tentavam ultrapassar também foi um verdadeiro desafio quase até ao km5. É que sozinha ainda me fartei de rir – só pensei: se alguém me vê a rir sozinha nesta figura, é uma tristeza 😂😂
Tinha 1/2 pessoas que iam mais ou menos ao meu ritmo. Ora eu as passava, ora elas me ultrapassavam mas tinha noção que não ia muito fora de um ritmo constante e isso era bom. Percorremos a 24 de Julho até Santos e regressamos para trás. Bora lá! Metade já foi. Nem apanhei a água no km5, imaginem o ânimo da pessoa. Já cheia de calor – sim, eu sou essa pessoa – frio, calor, oscilações de temperatura é comigo 😂 mas era sinal que já estava quente e já estava a suar a minha pseudo doença. Sentia-me bem, energética e a recuperar. À chegada ao terreiro do paço (km7) o Ricardo apanha-me sorridente e diz-me: “Lembra-te do que disse o ano passado – a prova começa agora”. Não me lembro o que respondi mas continuei focada, não me podia desgastar muito antes da aventura (meaning: subida da avenida de liberdade 😓). O ano passado fui sempre com o Ricardo íamos para baixar dos 50min e isso deu-me Motivação. Mesmo sem ir para tempos, queria sentir-me bem. Voltamos a entrar na baixa e na confusão da multidão e iríamos enfrentar a mítica subida da avenida de liberdade – 1km sempre a subir mas com um final de descida que compensa o esforço.
Tanta gente a apoiar, meu Deus! Que ânimo! Bora lá! Só faltam os últimos kms. Música alta, pessoas na rua e uma temperatura bem agradável para Dezembro. Começa a subida e eu penso: foco Maggy, vamos usufruir. Continuo sorridente, sempre a subir. Vejo a Cat e a Carlinha a meio da avenida, sorrio e aceno. Bora lá! Um ânimo! Chego ao marquês e penso: tudo o que perdi nesta subida vou ganhar agora. Último km e meio e eu estou-me a sentir bem, vou soltar… acabei o último km a 04:05 🚀🚀 sorri e pensei: está feito. Qual doença, qual que. 51min de libertação de doença e endorfinas. Realmente isto faz-me feliz!
Se se quiserem aventurar numa prova de 10km em lisboa não vão ficar desiludidos! Até para o ano, São Silvestre!