Já não era a minha primeira visita à ilha mas era, sem duvida, a vez que eu mais ansiava sair de Lisboa. Depois de uma viagem aos Açores no final do ano passado, que nos soube pela vida, a Madeira era a próxima opção. Ajudar o turismo local é ótimo e se eu soubesse há mais tempo, as pérolas que temos cá em Portugal, já as teria visitado antes.

A viagem à Madeira foi organizada relativamente rápido, um mês antes da ida procurei voos, que devido ao covid, estavam a um preço relativamente bom. Voamos pela Easy Jet e a experiência foi melhor do que a que estava habituada pré covid. Não houve publicidades constantes durante o voo e a tripulação era extremamente simpática. A viagem durou 1:30 e correu lindamente. A aterragem ocorreu sem imprevistos.

Esperava-se uma tempestades para esse fim‑de‑semana: a Lola mas ao contrário de tudo o que esperávamos, as previsões erraram. Tivemos alguns poucos chuviscos mas maioritariamente sol com nuvens e um calor relativamente baixo para a época do ano, mas suficiente para apanhar um sol na piscina.

Já tínhamos ido à Madeira em 2017 numa viagem de grupo e por isso já conhecia algumas das atrações principais. De qualquer forma, e como, este é um post informativo vou deixar tudo o que aconselho e mais gostei.

HOSPEDAGEM

Começo pelo hotel, ficamos hospedado no coração do Funchal, no Hotel Vila Porto Mare da cadeia PortoBay. Se me acompanham no instagram, têm um destaque chamado “Madeira” onde podem ver bem o hotel. Com um quarto vista mar, parece que estamos num destino tropical como o Brasil. O quarto era bastante espaçoso, com uma varanda simpática e uma cama daqueles que só alguns hotéis podem almejar.

O pequeno-almoço, a minha refeição preferida, é servida numa sala em vidro, toda transparente com vista piscina e jardim. É assim um pedacinho de céu na terra. O pequeno almoço é bastante variado com opções de live cooking: omeletes e panquecas, vários tipos de pão, queijos e enchidos (not fan), e fruta cortada e vários cereais.

O hotel tem ginásio, spa, piscina interior e piscina exterior. O ginásio é ótimo, super amplo: tem uma zona de musculação com máquinas e pesos livros e uma zona de cardio com passadeiras e bicicletas.

Agora vamos as dicas da Madeira, algumas dadas por vocês e outras que eu já tinha pesquisado.

RESTAURANTES

• Bom restaurante no Funchal com vista?
  Atlântico

• Melhor restaurante para espetadas?
  Santo António em Câmara de Lobos

• Melhor restaurante para lapas?
  Doca do Cavaco no Funchal

• Melhor sítio para petiscar e beber uma poncha?
  Madalena do mar

Ao jantar comemos sempre no restaurante do hotel porque ainda era proibido sair mas não ficamos nada mal servidos, antes pelo contrário. Tanto eu como o Goncalo, somos super fãs de um bom italiano e o Il Basílio cumpriu totalmente as expectativas. Os meus pretos preferidos foram a pizza vegan com queijo de tofu, um verdadeiro sonho e a massa à bolonhesa. A massa de queijos e trufas também é uma excelente opção. Não deixem de provar o brownie com gelado de baunilha, que é de cair para o lado.

Preparei-vos um roteiro com tudo o que teria feito se fosse numa primeira vez à Madeira. Espero que seja útil!

Roteiro de 2 dias

DIA 1

Manhã
Funchal: zona velha

• Teleférico – desta vez não fomos mas já tínhamos ido. Vale pela experiência e ver a vista linda das encostas madeirenses.
• Cestos de madeira – depois de uma subida, nada como uma descida cheia de adrenalina com os cestos. Prometo que nunca mais se vão esquecer. Nós fizemos no primeiro ano que fomos, apesar do medo que senti durante todo o percurso.
• Mercado dos lavradores – atenção para não serem enganados e comprarem fruta a preços completamente loucos. Trouxemos um saco com 5/6 frutas e pagamos 48€ 😅

Almoçar no Funchal, Atlântico por exemplo, ou a caminho do Cabo Girão em câmara de lobos que tem restaurante ótimos, como é o caso do Santo António. Acompanhem a espetada em pau de louro com milho frito e salada. Um verdadeiro sonho!

Tarde

• Miradouro do Cabo Girão: 580 metros de altura que não são o programa ideal para os vertiginosos. É relativamente rápido entre chegar, estacionar, ver e tirar uma fotografia não demoram mais de 15-20min.
• Miradouro da Fajã dos Padres: eu não fui capaz de descer naquele teleférico super íngreme mas dizem que vale muito a pena. Lá em baixo podem visitar a pequena aldeia e têm um restaurante. não
• Madalena do mar: parar para beber uma poncha e comer umas lapinhas, só falta decidir se antes ou depois da Cascata dos Anjos.
• Cascata dos anjos: a cascata mais famosa de portugal e super instagramavel! Ao contrário do que eu pensei, a água não estava muito fria.

DIA 2

• Ponta de São Lourenço – não achei nada por aí além mas também não fizemos a levada porque estava imenso vento e algum frio. Dizem que vale a pena. São 4KM de dificuldade média.
• Piscinas naturais de Porto Moniz – um local bastante turístico mas onde se ainda se pode tomar banho com a água do mar em pequenas piscinas formadas pelas erupções vulcânicas.

Almoçar na doca do Cavaco umas lapas, umas gambas e um peixinho. Se tiver bom tempo e pouco vento conseguem ficar lá fora mesmo em cima do mar. A sala de dentro também não é má uma vez que é toda em vidro.

• Pico Ruivo: a montanha mais alta do arquipélago da Madeira com uma vista de cortar a respiração. Há pequenos passeios ou excursões que podem organizar caso queiram conhecer tudo com tempo. Vejam o TripAdvisor.

• Casas de Santana: as belas casas típicas madeirenses. São lindas e exatamente como as imaginava mas são muito poucas. Por isso, se vão a achar que é uma aldeia inteira assim, desenganem-se.

…estas casas remontam à descoberta da Madeira e representam uma parte do património da Madeira. Estas casas pequenas, triangulares e coloridas, eram feitas de palha, advindas da plantação de cereais que servia para cobri-las, e madeira, porque era um material barato e abundante nessa região e importante para equilibrar a temperatura do interior. A alta inclinação dos telhados permitia a drenagem da água da chuva, garantindo assim a impermeabilidade da casa.

https://madeira.best/produto/casas-tipicas-de-santana

+ algumas DICAS:

• Ver sempre as câmaras neste site para saber se vale a pena ir ao sítio planeado. O tempo na ilha varia muito e num sítio pode estar ótimo e noutro estar péssimo.
• Alugar carro numa das RentalCars que estejam no aeroporto para facilitar à chegada. Eu confiro sempre o site: rentals.com

Espero que seja útil. Esqueci-me de alguma coisa que aches fundamental? Deixa nos comentários 🙂